Autoridades dos EUA previram uma iminente invasão russa da Ucrânia, mas a Bloomberg afirma saber a data exata
A Bloomberg informou na sexta-feira que uma invasão russa da Ucrânia pode acontecer já na terça-feira, citando fontes anônimas. A agência acidentalmente deu notícias de uma invasão antes e foi forçada a se desculpar pelo erro.
“Qualquer ação pode começar já na terça-feira”, informou a Bloomberg na tarde de sexta-feira, citando “funcionários familiarizados com o assunto”. O site de notícias observou que a “ação” pode variar de “causar uma provocação na região de Donbas” a um ataque à capital ucraniana de Kiev.
A Rússia tem negado consistentemente quaisquer planos de invasão, mas as autoridades americanas estão se comportando como se a guerra fosse iminente. Um oficial de defesa anônimo disse à Bloomberg que os EUA estão enviando mais 3.000 soldados para a Polônia, além dos 4.500 já estacionados lá e os 3.000 que estão sendo transferidos para a Polônia e a Romênia dos EUA e da Alemanha.
Além disso, o conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan alertou na sexta-feira os americanos na Ucrânia para deixar o país o mais rápido possível e disse que uma potencial invasão russa poderia ocorrer “durante as Olimpíadas”, ou seja, antes do final dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim no próximo domingo.
Apesar de seus avisos, e apesar do fato de que tanto o Reino Unido quanto Israel também disseram a seus cidadãos para deixarem a Ucrânia na sexta-feira, Sullivan acrescentou que os EUA não sabem se Putin realmente ordenará uma invasão ou não.
Da mesma forma, mesmo oficiais militares ucranianos citados em relatórios dos EUA prevendo uma invasão iminente disseram a repórteres americanos que vêem o acúmulo de tropas russas no próprio território da Rússia como uma tática de “pôquer” para reforçar a posição de negociação de Moscou contra o Ocidente.
Os EUA e a OTAN estão atualmente em um impasse com a Rússia sobre a perspectiva de adesão à aliança ocidental para a Ucrânia. O Ocidente insiste que a Ucrânia deve ser autorizada a ingressar na Otan, enquanto Moscou considera a perspectiva de mísseis e tropas da Otan à sua porta um risco de segurança inaceitável. Moscou se opõe à expansão da Otan para o leste desde o fim da Guerra Fria, quando os líderes ocidentais prometeram não admitir ex-nações do Pacto de Varsóvia na aliança, uma promessa que não cumpriram.
Em meio ao último impasse sobre a Ucrânia, a Bloomberg se precipitou e já deu notícias de uma invasão. Na semana passada, uma manchete da Bloomberg dizendo “Ao vivo: Rússia invade a Ucrânia” permaneceu no site da agência de notícias por 24 minutos, até que foi retirada e a Bloomberg explicou que era uma manchete pré-preparada que foi “publicada inadvertidamente”.
Com informações da RT
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