quarta-feira, 17 de outubro de 2018

ULTRA-DIREITA BRASILEIRA USA RELIGIÃO CRISTÃ EVANGÉLICA PARA PROMOVER DISCURSO DE ÓDIO








Traduzido por: Diego Lopes


O candidato ultra-direitista do Brasil, Jair Bolsonaro, usa a religião evangélica cristã como um mecanismo de poder para manipular e promover o discurso de ódio na população, como indicado pelo analista político colombiano, especialista em violência urbana e participação cidadã, Nicholas. Benedetti

"Eles usam a religião como um mecanismo de poder e, com isso, levam as pessoas de volta àquele rebanho histórico, onde a força são os brancos, os militares e os homens. Nesse processo os pastores entram com seu discurso de poder e sociedade ", disse o analista político.


"Todos os evangélicos, aqueles que professam a religião cristã, seja do catolicismo e outros aspectos, estão ligados aos valores do novo fascismo que está nascendo na América Latina, eles também têm uma estreita relação entre o progresso de novas igrejas e pensamentos muito conservadores. Para a religião evangélica cristã, com novos líderes que estão professando discursos de ódio muito marcado contra as minorias ", disse ele durante uma entrevista no programa transmitido pela La Radio del Sur.

Nesse sentido, ele esclareceu que nem todos os cristãos são fascistas, "mas o que chamamos de fascistas na América Latina são cristãos".


Benedetti explicou que na América Latina surgiram novas expressões de religiões onde eles têm muitos seguidores na região, como Colômbia, Brasil, México, Venezuela e outros países.

"Em torno da ascensão das novas igrejas, estas foram mobilizadas em torno de diferentes projetos políticos e o fizeram sob acordos clientelistas políticos e não necessariamente valores", disse ele.

Ele ressaltou que o ambiente que o Brasil está vivenciando é devido à anexação das novas igrejas cristãs e Bolsonaro entra no palco político devido a arranjos partidários e não com base em valores religiosos.


Benedetti disse que da religião eles mobilizam seus seguidores como eleitores para as eleições presidenciais e, nesse contexto, as igrejas políticas trabalham com uma agenda de valores.

"O que é preocupante é a mobilização de seguidores como eleitores diante de projetos políticos, há uma conexão de valores excluídos, expressões de ódio e violência contra minorias no Brasil", afirmou.

Ele também disse que em torno dos movimentos cristãos estão gerando discursos sexistas, além de excluir o movimento LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexos) e ainda pior o racismo contra os grupos indígenas e comunidades indígenas.
 
 


"É muito preocupante o que está acontecendo no país, pois marca o caminho para um cenário de violência exacerbado pelo Estado contra a minoria, que seria um novo fascismo na América Latina que pode deixar muitas vítimas", afirmou o analista político. .

Bolsonaro obteve votos com seu discurso radical depois de receber votos dos mais radicais evangélicos e religiosos do país sul-americano.

Além disso, as igrejas evangelistas tiveram um papel fundamental na campanha eleitoral do candidato de direita.


La Radio del Sur  

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