quinta-feira, 3 de outubro de 2019
MANOBRAS DA SÍRIA, RÚSSIA E IRÃ AO LONGO DA FRONTEIRA SÍRIA-IRAQUE
No norte da Síria, os EUA, a Turquia e os curdos conseguiram ocupar áreas inteiras do território sírio, graças a um jogo de gato e rato que Ancara e os curdos executam lindamente, com o objetivo de perpetuar a presença militar dos EUA na Síria. E neutralizar o da Rússia, entre outros. O Idleb, onde tudo está bloqueado no momento, também pode ser objeto de uma campanha militar para recuperar a terra perdida. Segundo observadores políticos, a confusão do norte nunca teria acontecido se Idleb tivesse sido libertado em 2018 das mãos de terroristas e seus patrocinadores após a ofensiva de Guta Oriental.
O Estado sírio e seus aliados cometerão esse erro novamente no leste da Síria, nas fronteiras com o Iraque, de onde vem uma rota estratégica que liga o Iraque à Síria e ao Mediterrâneo? Existem evidências de que Moscou não mostrará tanta tolerância por "Israel" quanto em relação à Turquia. O primeiro é o aviso severo de Putin, emitido em meados de setembro, quando recebeu o primeiro ministro israelense, a quem ele advertiu veementemente para não reproduzir seus ataques à Síria e ao Iraque. Moscou tem milhares de razões para não tolerar as ações de Tel Aviv e Washington, que ocupam outro ponto de passagem com o Iraque, Al Tanf, onde treinam, armam e financiam terroristas.
Na sexta-feira, 27 de setembro, Moscou e Damasco alertaram os EUA para permitir que os refugiados de Rukban, o campo de concentração dos EUA em Al Tanf, deixem a área. Caso contrário, haverá um confronto. Mas esse conflito não é mais mera especulação desde a abertura da fronteira entre Al Qaim e Abu Kamal. O Irã e a Rússia farão todo o possível para garantir que essa rota estratégica para o trânsito de energia e bens do Iraque para o Mediterrâneo funcione.
O jornal sírio Al Watan acaba de relatar uma recente manobra militar conjunta que envolveu o Irã, a Rússia e a Síria no leste da Síria, encarando-a como uma mensagem direta aos americanos, militantes curdos e "Israel".
As fontes informaram que o exercício militar conjunto foi realizado na província de Deir ez-Zor, no leste da Síria.
Al Watan relata que este exercício transmitiu uma forte mensagem da Síria e seus aliados às forças de ocupação dos EUA: "Agora, a situação no Eufrates Oriental não será como antes".
O documento enfatizou especialmente que o exercício incluiu forças de defesa aérea da Síria e unidades balísticas dos países envolvidos.
As fontes de informação relacionadas aos grupos terroristas, em particular o "centro de informações Deir Ezzor", não perderam o evento e declararam que a manobra ocorreu no Eufrates ocidental e durante o mesmo as forças armadas sírias e seus aliados A Rússia e a Resistência dispararam mísseis reais.
"A evolução da situação indica que as tensões se espalharão gradualmente nas regiões norte e nordeste de Deir Ezzor e que, pela primeira vez, os russos se sentem envolvidos na área", diz o local perto dos terroristas, Deir Ezzor 24
O site também observa que foi a primeira vez que o Exército Sírio cooperou com as forças russas e iranianas no uso de fogo real na região. A reabertura das fronteiras da Síria com o Iraque não deixa a Rússia indiferente, como foi o caso de Nassib, ponto de passagem que liga a Jordânia à Síria, em operação desde a libertação de Daraa.
Os israelenses ou americanos querem evitar o renascimento da rota estratégica Iraque-Síria, o que provocará a resposta do Irã, mas também da Rússia. Desta vez, os americanos terão o trio Síria-Irã-Rússia à sua frente, que não ficará satisfeito com nada menos que sua retirada total.
Fonte: Press TV
Traduzido por Diego Lopes
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