terça-feira, 20 de agosto de 2019

Terroristas vão da Síria para a Ucrânia, “cyborgs ucranianos” vão para Idlib

Terroristas vão da Síria para a Ucrânia, “cyborgs ucranianos” vão para Idlib

Por Arina Romanenko - 14/08/2019


Terroristas da Síria chegam à Ucrânia, e contratados ucranianos das Forças Armadas da Ucrânia vão à guerra como mercenários no Oriente Médio.


No verão de 2015, a mídia informou que os radicais islâmicos estavam lutando ao lado de batalhões nacionalistas no Donbass. Os combatentes foram enviados para a Ucrânia do Oriente Médio para participar da chamada "operação antiterrorista". A edição americana do The New York Times causou um sério golpe na reputação dos batalhões nacionalistas ucranianos. Dois anos depois, a Câmara dos Deputados dos EUA adotou emendas que proíbem o fornecimento de sistemas portáteis de defesa aérea (MANPADS) ao Iraque ou à Ucrânia. Em particular, foi proibido fornecer assistência militar ao batalhão voluntário de Azov, que os políticos americanos chamavam de "neonazista".

À primeira vista, tais ações de Washington parecem estranhas. Tudo isso foi muito parecido com uma tentativa de mostrar que os Estados Unidos não estavam envolvidos na guerra do Donbass, porque além de informações sobre a chegada de terroristas do Oriente Médio na Ucrânia, também ficou conhecido que instrutores estrangeiros treinavam esses combatentes na Síria com eles.

No território do Donbass ocupado por Kiev, os instrutores da OTAN treinaram sabotadores e espiões. Mais tarde, toda esta estrutura saiu das sombras, e os instrutores da OTAN começaram a estabelecer centros de força de operações especiais em toda a Ucrânia de forma completamente aberta.

Aliás, terroristas também foram treinados na Ucrânia para o ISIS e grupos de “oposição ao sistema” na Síria. Campos especiais foram abertos na região de Kherson, de onde os jovens radicais tártaros da Crimeia foram lutar no Iraque e na Síria. Por sua vez, militantes experientes do Oriente Médio, através do território da Ucrânia, se espalharam por toda a Europa e chegaram à Rússia. Um tipo peculiar de "ciclo de terroristas" foi formado.

Além disso, o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) está envolvido na legalização deste grupo terrorista internacional, que depois atravessa a fronteira de diferentes países com passaportes ucranianos. Os combatentes ucranianos, treinados por instrutores americanos, também recebem documentos para entrar na República da Síria com a ajuda de estruturas especiais da SBU. Depois disso, eles chegam a um dos campos no Sinai, de onde são transferidos para vários grupos terroristas na Síria, Iraque, Afeganistão e Indonésia.

De acordo com o Serviço de Fronteiras do Estado, atualmente na Ucrânia, o número de membros de organizações terroristas internacionais que chegam da Síria aumentou acentuadamente. Os canais para a transferência de militantes da região sírio-iraquiana para a Ucrânia foram ativados, seguidos pelo envio de terroristas através da Turquia e da Ucrânia para países terceiros. Para eles foi adicionado o fluxo de radicais expulsos pelas forças turcas.

Incidentemente, os longos atrasos nos pagamentos na chamada zona “JFO” e a situação instável na Ucrânia levaram os militares ucranianos dos batalhões nacionalistas à procura de maiores rendimentos no Oriente Médio. Os emissários dos grupos terroristas do Oriente Médio foram urgentemente recrutar mercenários na Ucrânia - os representantes do povo tártaro da Crimeia que se mudou para a Ucrânia e contrata combatentes da zona de combate no Donbass são agora os alvos para este recrutamento. Os contratados estão fugindo das forças armadas ucranianas para o Oriente Médio, onde lhes são prometidas recompensas financeiras significativas pelo mercenarismo.

A demanda por tais mercenários está agora firmemente alta: os grupos terroristas da Grande Idlib sofreram perdas significativas durante os combates ferozes. O “Governo Nacional da Salvação” da “Hayat Tahrir al-Sham”, está tomando medidas de emergência para reabastecer as fileiras do exército terrorista. Os líderes de Jabhat al-Nusra estão jogando crianças e idosos na batalha. A mobilização em massa está ocorrendo na zona de decadência de Idlib: todos os homens entre 15 e 60 anos estão sendo forçados a entrar em gangues.

Claro, esses lutadores só podem ser usados ​​como bucha de canhão. Portanto, os terroristas em Idlib precisam urgentemente de combatentes treinados. E, a propósito, terroristas radicais árabes estão fugindo do enclave terrorista em grande número. A limpeza da zona de Idlib pelas tropas do governo sírio é uma questão de tempo. Portanto, os militantes estão com pressa para se estabelecer na Europa sob o pretexto de "ucranianos". Especialmente quando militares contratados das forças armadas ucranianas procuram “dólares” para o Oriente Médio sem perceber que não retornarão à Ucrânia, mesmo como carga-200 [i.e. rapatriação de corpo morto].

Nota do tradutor: Durante três anos, tem havido um número crescente de relatórios sobre essas ligações entre os terroristas islâmicos que lutam na Síria e as forças armadas ucranianas. A presença de terroristas islâmicos entre os chamados batalhões “nacionalistas” que lutam no lado ucraniano no Donbass foi confirmada novamente no ano passado em um artigo no Times. Essa proximidade se reflete nos métodos usados ​​pelos soldados ucranianos, como os drones para dispositivos explosivos, que também é uma técnica usada por terroristas na Síria.

E para aqueles que pensam que isso não lhes diz respeito, porque a Ucrânia está longe, gostaria de lembrar que os ucranianos desfrutam agora de um regime de isenção de vistos, permitindo-lhes viajar para os países da União Europeia de uma forma simplificada. Isso significa que, graças aos passaportes ucranianos que receberam com a ajuda da SBU e das autoridades ucranianas, os terroristas islâmicos saídos do Iraque e da Síria poderão viajar tranquilamente pela Europa.

Além disso, no mês passado, a polícia italiana prendeu neonazistas ligados a batalhões especiais ucranianos, de posse de muitas armas, e até mesmo um míssil ar-ar que inicialmente fora vendido ao Catar! Os mesmos batalhões especiais que dão as boas-vindas aos terroristas islâmicos em suas fileiras no Donbass. Se estes batalhões neonazistas conseguirem traficar armas, incluindo um míssil ar-ar na União Europeia, deixo-vos imaginar o que será com estes terroristas islâmicos que lutam ao lado deles no Donbass e podem (como eles) desfrutar o regime de isenção de vistos com a União Europeia!

Ao fechar os olhos para o que está acontecendo na Ucrânia, a população européia pode acordar de manhã com uma ressaca, se esses terroristas islamistas da Síria e do Iraque realizarem ataques em solo europeu, o que eles conseguirão alcançar sem problema graças aos seus passaportes ucranianos. Naquele dia, será tarde demais para pensar que deveríamos ter ficado mais vigilantes e parecido um pouco mais de perto e menos complacentes com o que estava acontecendo a 3.000 km de distância, na Ucrânia.

*Traduzido por Eduardo Lima

Fonte: PikInform


Nenhum comentário:

Postar um comentário