Guerra na Síria - Ataque químico em Aleppo - 24.11.2018
Traduzido por Eduardo Lima
Traduzido por Eduardo Lima
À noite, os militantes lançaram um ataque químico nos distritos ocidentais de Aleppo, disparando em áreas de Khalidia e Zahrah com tiros de cloro da área de Laramun. 75 pessoas receberam envenenamentos de gravidade variável, mais de cem voltaram-se para os hospitais da cidade. Fontes sírias apontam para o envolvimento da Al-Nusra na organização do ataque, apesar de haver relatos de que contas relacionadas com Ahrar al-Sham assumem a responsabilidade pelo ataque.
É engraçado, mas a propaganda ocidental já começou a promover a tese de que o próprio Assad bombardeou Aleppo com bombas químicas e caluniou militantes. Como de costume, observamos a ligação entre terroristas radicais e "mídia livre e democrática".
Os militantes que mantêm a frente a oeste de Aleppo afirmam que continuam a lutar contra Assad e a realizar a jihad na Síria. A artilharia síria da noite trabalhou ativamente nas posições dos militantes. Além disso, os Su-24 russos são notados na área da cidade.
O ataque químico dos militantes não foi uma surpresa, já que o Ministério da Defesa da Rússia havia alertado sobre a preparação de uma ação desse tipo no mês passado.
É claro que o ataque químico dá ao exército sírio a chance de lançar um ataque contra posições militantes de onde eles lançam projéteis carregados de cloro, mas parece que a questão ofensiva pode ser adiada até as conversações entre Erdogan e Putin sobre Idlib, que serão aprovadas em poucos dias, o que obviamente não impede artilharia e ataques aéreos contra as posições dos grupos envolvidos no ataque químico. Não se pode descartar que o ataque tenha sido feito especificamente para provocar Damasco a lançar uma ofensiva imediata e agravar as relações entre a Federação Russa e a Turquia nesta questão. Claro, não há sentido militar neste ataque.
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